Ponte de São Lázaro, Alfena

segunda-feira, 14 de março de 2011

Geração à Rasca, com discurso de "Tasca"




No passado sábado 12 Março, Portugal assistiu a uma manifestação convocada através do Facebook. Esta manifestação auto-intitulou-se “Geração à Rasca”; os jovens Portugueses finalmente dão mostras de que se preocupam com o seu país: há uma preocupação de tomar o seu futuro nas mãos e de não o deixar entregue à classe política que graça por este país plantado à beira-mar.

Tendo a virtude de juntar jovens, pais, avós, trabalhadores precários, desempregados e, pasme-se, alguns empresários, que também ajudam à precariedade dos trabalhadores por não lhes oferecerem condições condignas para efectuar o seu trabalho; muitas vezes, têm de almoçar junto das máquinas, sem tempo para irem à casa de banho ou mesmo tomarem o lanche, que nem dá para mastigar tal… é a falta de tempo total.

De uma geração à rasca passou-se a um País à rasca, ou seja, Portugal na banca rota e com mais medidas de austeridade anunciadas pelo Ministro das Finanças Português… não nos é permitido calar a nossa voz de contestação. Esta manifestação certamente que terá de ser o despertar de um sentimento de desconfiança sobre as políticas e as nomeações partidárias efectuadas pelos governantes, que estão a levar o país a um fundo sem saída.

Agora que começamos a despertar para movimentos cívicos, teremos que iniciar novos movimentos cívicos com o dever de alertar os governantes para o facto de não aguentarmos mais políticas ruinosas para o povo. Pois por aquilo que passa nos media, existe um país cor-de-rosa para o governo e seus apoiantes, para o resto do país está tudo negro.

Os organizadores desta manifestação foram achincalhados por alguns fazedores de opinião, um deles de nome Miguel Sousa Tavares, que os apelidou de Manifestação com discurso de Tasca, sendo que os seus participantes nem português correcto sabem escrever.

Pois é!... Até podemos não saber escrever correctamente Português, mas nem todos têm a sorte de ter uma entidade patronal, que resolva fazer uma série televisiva adaptada de um dos nossos livros. Se não estou em erro foi o seu segundo livro da ainda curta carreira de escritor, não foi senhor Miguel?

Quantos escritores consagrados com uma vasta obra publicada não têm séries adaptadas dos seus livros. Falar de barriga cheia qualquer um fala, mas só os estadistas é que conseguem “encaixar” as amarguras do povo, e mesmo assim não os denegrir. Por favor, senhor Miguel, mais respeito por aqueles que pelos mais diversos problemas e dificuldades que ao longo da vida lhes foram surgindo, continuam a lutar para terem uma vida melhor e, mesmo assim, lá vão comprando os seus livros! Só lhe ficava bem, senhor Miguel.

Opor-se a todos estes fazedores de opinião, políticos, que grassam por este país, que sem os seus compadrios não seriam ninguém. É o que continuo a dizer: não podemos parar de lutar por um país, cujos direitos e igualdades sejam iguais para todos – LUTAR, LUTAR.
Fernando Sérgio P Sousa

1 comentário:

  1. MEU AMIGO LÁ DIZ O HINO NACIONAL "CONTRA OS CANHÕES MARCHAR,MARCHAR" E TEMOS MUITOS "CANHÕES" NESTA RÉPUBLICA DAS BANANAS...

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